Batendo nas pedras, as ondas do mar
Passam uma eternidade musicalizando
E brincando com o universo.
Coreografando o ambiente oceânico
Sobrevoam grandes e pequenos pássaros.
Sobre o mar a natureza expressa uma linguagem
Que não compreendemos,
Mas o criador está por lá,
Não há necessidade de decodificar.
Ele escreveu, ele sabe. SABE!
Coreógrafos do universo
Movimentam-se na orla
E no centro marítimo.
Meus olhos fotografam
Em 3Ds o campo harmônico.
E lá vem mais um navio
Cheio de esperança.
Os refugiados chegam para colher
Os frutos da esperança.
Vamos pro mar,
Vamos remar,
Cuidado com as ondas,
Elas podem te pegar.
Vamos pro mar,
Vamos brisar,
Vamos espiar ao longe,
Outro navio está para chegar.
Agora vamos pro mar,
Vamos sentir o balanço das ondas.
Um barco de papel se aproxima,
Trazendo esperanças para os Haitianos.
Vamos pro Cais,
Vamos misturar a esperança
Aos refugiados,
Vamos temperar esta mistura.
Esperança vai virar elemento sanguíneo:
Dos refugiados,
Dos mal casados,
Dos mal amados
E dos desesperados.
Terá sangue novo para nossa alma,
Alma nova para nosso corpo,
Força para os inacabados.
Também para que acabar?
Nada por aqui termina!