A cidade abre suas asas e
Acolhe homens e pássaros.
A vida na esplanada está um luxo,
Contracenando diuturnamente
Com o lixo.
As palavras de ordem ecoam pelos ares
Da mata,
Grupos de Leões rugem na floresta.
O avião se equilibra apesar da turbulência.
Comandantes dão carona aos pardais.
Pardais viajam do lado externo do avião,
São acostumados aos riscos da existência.
Para ficar por ali, é preciso coexistir.
Os pardais andam um pouco sumidos;
É transição e muitos deles não tiveram
A alimentação renovada.
Não nos entristeçamos,
Porque após a queimada
Há de chegar a chuva.
Com a chuva voltará o verde,
As flores e os melhores olores.
Não nos preocupemos,
Porque o fogo que queima
O Sítio da esplanada,
Um dia há de se apagar.
Teremos a estação da chuva,
O tempo da grama e das flores
Expondo nossas belas cores.
Não nos atordoemos,
O avião de Oscar não vai cair,
Não foi feito para voar.
Ficará estático,
Até o bom senso chegar
Neste mundo lunático.