Em tempo de eleição, fica muito difícil para o eleitor decifrar as confusões que são lançadas aos seus ouvidos pela oposição e pela situação. Vejam bem:
De um lado os detentores do poder (aqueles que controlam a máquina administrativa), escolhem as melhores cenas para apresentarem aos eleitores: Agricultura moderna, Sistema Público de Saúde impecável (de primeiro mundo), Escolas Públicas modernas, projetos para a Segurança Pública – neste quesito, já que não possuem nenhuma bela imagem para mostrar, falam da tal “sensação de segurança”, o que não passa de uma “velha ilusão”. Eles não nos apresentam a realidade em que vivemos e que não vemos ou fingimos não ver.
Do outro lado os opositores, aqueles quem denomino “franco-atiradores”. Eles não poupam pesadas críticas aos governantes e aliados; sempre encontram todo o tipo de miséria para, com este infeliz instrumento, denegrirem a imagem da situação, mas não apresentam um projeto político convincente.
Os primeiros são desmentidos diariamente por imagens totalmente deprimentes dos serviços públicos, em especial, da educação, da saúde e da segurança. A mídia tem mostrado um povo completamente infeliz com os serviços de saúde, onde não encontra resolutividade para tanto sofrimento; em relação à segurança já perdeu até mesmo a tal “sensação de segurança”, mas os governantes nunca desistem de prometer mudanças e nas estatísticas que mostram a diminuição da violência; aumentam as cotas estudantis, mas não melhoram a qualidade das escolas públicas para que todos os jovens possam concorrer de igual para igual na seleção para as universidades.
Os segundos, com raras exceções já foram eleitos para algum cargo público ou mandatos políticos, mas deixaram os eleitores insatisfeitos e agora não mostram bons programas políticos porque o tempo que lhes cabe na mídia é utilizado para as críticas e xingamentos à oposição.
Ignorando um direito democrático, ainda nos obrigam a comparecer às urnas. Ai surge aquela infeliz frase de quem pensa que política deve ser como uma competição esportiva; apenas um jeito de ganhar um campeonato e subir ao podium: “Vote no menos pior!”.
O “menos pior” também não é bom.
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