O ser humano pode ser muito pernicioso para outro humano. Somos capazes de ficar enorme tempo de nossas vidas observando o lado negativo do outro e colocando suas partes boas à margem. Usamos muito o mecanismo de defesa chamado projeção; com esta ferramenta, retiramos tudo que achamos ruim de dentro de nós, que nos incomoda, e colocamos no outro. A partir desta projeção ficamos aliviados, porque agora o outro é - segundo minha ilusão - o dono do defeito que era meu.
Se a condição do outro incomoda é porque o incomodado não está sabendo lidar com o que sente e vê. Só que atacando o outro estaremos atacando parte de nós mesmos.
O pior de tudo é quando a vítima passa a acreditar que ela é a verdadeira culpada pelo motivo do ataque. Este é para mim o passo mais doloroso, não só do estgma, como também do bullyng que ocorre todos os dias, especialmente nas escolas.
Vai chegando a um ponto em que o indivíduo, por falta de apoio ou mesmo por falta de recursos internos para lidar com a situação, acaba se entregando, se convencendo de que ele é mesmo o responsável pelas marcas recebidas e pelos referidos ataques que quase sempre acontecem em situação de extrema desigualdade.
Felizmente temos muita gente que, frente a tais situações, não se abalam, e outros que contam com o apoio da família em tais situações. Infelizmente temos também em bom número, pais extremamente rígidos que acabam sempre fazendo aquela perguntinha desconcertante à vítima: “o que você andou fazendo?”, ou simplesmente a ignorando.
Outro tema de extrema importância é o que se refere a “Identidade e Gênero”: tudo se tem falado a respeito deste tema, mas ele continua tão melindroso quanto antes. Ele é discutido em todos os cantos, por profissionais da educação, da saúde e até mesmo por quem só entende de política, mas percebemos que o ser humano tem evoluído pouco neste quesito. Ao que parece continuam mais focados nos aspectos comportamentais do campo sexual e quase nada na pessoa como um SER GLOBAL (BIOPSICOSSOCIAL)
OK