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02/out/2012

Aspectos psicológicos da hemofilia

Autor(a): Jason Frutuoso

“Não, não posso acreditar, não é possível, logo meu filho!? Mas por que meu filho?” – Pode ser assim a reação do pai ou da mãe ao primeiro impacto à descoberta de que o filho é portador da hemofilia. Mas sempre a notícia vem trazendo um grande sentimento de impotência.

“Acho melhor você procurar outro médico, será que o Dr. não errou o diagnóstico? Errar é humano, e como humano o Dr. também pode errar”, diria um familiar à mãe que agora poderá ter dentro de si um misto de raiva, luto e sentimento de culpa:

  • Raiva porque se sente ferida ao ver que o que planejara ao lado de seu príncipe encantado, deixa de cumprir-se. O menino não tem mais a saúde que ela pensava. Os dois idealizaram o filho e filho idealizado não tem doença nem quaisquer “imperfeições”. Ele deveria ser completo, tão completo quanto o amor que envolveu a fecundação e o nascimento dele, tão perfeito quanto o amor do casal quando decidiu desenvolver o projeto da família. Agora, os dois – pai e mãe – podem e devem idealizar o futuro, mas não podem negar que existe aí uma tarefa a ser cumprida, que eles sabem ser, por demais, árdua.
  • A mãe poderá se sentir culpada(embora não tenha culpa alguma), por receber a informação de que foi o gene dela que gerou a doença do filho.
  • Luto porque agora com a confirmação do diagnóstico, tiveram uma perda significativa e toda perda gera luto, luto por não terem mais o filho idealizado. Agora o filho precisa ser reconstruído na mente do casal e esta reconstrução requer muita energia. É preciso retirar um pouco do que investiam no filho ideal para colocarem no filho real. 
  • Se os pais receberem um apoio psicossocial adequado, vão se ajustar à nova situação, e descobrirem que o filho poderá se realizar como pessoa e se tornar para eles, motivo de muito orgulho.

 Quer saber mais consulte as fontes abaixo:

4) Hemofilia: O impacto da doença sobre a atuação dos pais na educação da criança – Tássia de Olliveira Vidal, Fabiene de Amorim Almeida.

5)  Carapeba, Rosângela Peron e Thomas, Sylvia – Convivendo com a hemofilia – Federação Brasileira de Hemofilia. Diretoria 2005 a 2007.

6) Hemofilia: o difícil processo de aceitação e auto-cuidado na adolescência – Larissa Shikasho, Nathália Daher de Moraes Barros e Valeska Costa Pinto Ribeiro.

7) A dura realidade da hemofilia. Federação Brasileira de Homofilia/cita Correio Brasiliense 13 de abril de 2010.

8) Atención Psicossocial para Personas com hemofilia – Frederica R. M. Cassis/ Hospital das Clínicas (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

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